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Estamos na era da longevidade, mas para quem?

  • Foto do escritor: Rafa Vicente
    Rafa Vicente
  • 31 de out. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 7 de out. de 2024


Como preparar nosso corpo, nosso currículo, nossas cidades e nossos negócios para uma vida de 120, 150 anos?” - FDC

Essa pergunta me acertou em cheio ao pesquisar sobre o tema da longevidade para uma ação que criamos junto à Gerdau no mês de outubro (dia primeiro de outubro é o Dia Internacional do Idoso). A frase não só me chocou porque não tinha parado para pensar a fundo sobre o tema, como eu não tinha pensado sobre eu na maturidade.


Aprofundando um pouco mais entendi que estamos vivendo a era da longevidade, nunca se viveu tanto quanto hoje. Com os avanços na medicina, tecnologia e os programas de desenvolvimento social, se pode dizer que para a maioria das pessoas viver por mais anos não é mais uma privilégio, mas sim uma realidade.


Se nos anos 1950 a expectativa de vida no Brasil era em média de 48 anos (homens e mulheres), hoje temos uma expectativa de vida média de 76,3 anos e as projeções de futuro mostram que em 2030 teremos mais pessoas acima de 60 anos do que crianças e adolescentes.


Dentre todas as temáticas de diversidade e inclusão, o envelhecimento é com certeza a mais abrangente. Uma vez que atravessa todas as pessoas independente de cor, raça, gênero, identidade de gênero, orientação sexual e demais recortes.


Porém, como eu falei antes, a realidade de viver mais é destinada à “maioria das pessoas”, não a “todas elas”. E quando falamos em um envelhecimento com respeito, oportunidades, acessos e dignidade essa parcela fica bem menor.


Ainda que tenhamos evoluído, são muitos os fatores que acabam por limitar a longevidade em algumas realidades. A LGBTfobia, o racismo, o machismo e o capacitismo na nossa sociedade dificultam a possibilidade de uma vida plena e com cidadania para uma grande parcela da população.


Dados:

  • Um jovem LGBTQIA+ tem probabilidade 6 vezes maior de tirar sua própria vida (Pediatrics).

  • 77% das vítimas de homicídio são pessoas negras (Atlas da Violência 2021).

  • Mulheres recebem 77,7% do rendimento dos homens (IBGE 2019) e tem uma taxa de 54,6% entre pessoas desempregadas do Brasil (PNAD 2022).


Bom, se o desafio de viver mais foi superado, outro se faz presente: como garantir que todas as pessoas vivam mais anos tendo seus direitos e suas vidas respeitadas?


Essa pergunta não é fácil de ser respondida, mas tive algumas pistas quando parei para pensar a partir da minha perspectiva, e em seguida, abrindo os horizontes para outras vivências.


Primeiro pensei em: Como eu seria na maturidade? Quais seriam os meus sonhos? E como eu espero que a sociedade me receba quando chegar lá?


Na sequência, ampliei buscando entender a vivência da minha mãe, de outras pessoas perto de mim e de personalidades que estão hoje na maturidade.


A partir dessas reflexões entendi que quero chegar à minha maturidade com orgulho de ter dissolvido o etarismo em mim, ajudado a fazer o mesmo na sociedade, de ter riscado ele do meu vocabulário e de valorizar a beleza do envelhecimento. É nosso dever, independente da idade, olhar a maturidade como mais uma etapa da nossa vida. Uma etapa como todas as outras, onde existem desafios e inúmeras possibilidades.


Junto a isso, quero continuar lutando para termos um coletivo mais inclusivo com as pessoas que estão há muito marginalizadas, onde a vida seja um direito de todos, onde a cidadania seja endereçada a todas as pessoas cidadãs e não a grupos seletos. É urgente esse assunto, pois os preconceitos se cruzam, se somam e criam ainda mais barreiras.


E você como responderia a esses questionamentos?


Algumas conteúdos para te ajudar a pensar em respostas para esse desafio:






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