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Por que falar de diversidade e inclusão?

  • Foto do escritor: Muda Disso
    Muda Disso
  • 26 de out. de 2022
  • 4 min de leitura

A importância da diversidade e inclusão nas empresas.


Por muito tempo, desde o surgimento das fábricas e empresas, o papel dos trabalhadores foi visto pelos estudos da Administração Clássica pela perspectiva do racionalismo do trabalho. Nesta perspectiva todos eram reduzidos a meras extensões das máquinas, deixando de lado um fator muito importante na convivência dentro destes ambientes: a humanidade das pessoas.


A partir da década de 30 uma nova visão começa a ser considerada dentro das empresas com o surgimento da Escola das Relações Humanas e da Escola Comportamental, mudando a ideia de “indivíduo econômico” (mecânico) para a ideia de “indivíduo social” (relacional). A grande diferença na ideia do “indivíduo social” é levar em conta como o ambiente e as pessoas que nele habitam se relacionam e como isso as afeta negativamente ou positivamente.

Ao adotar uma visão que não leva em conta esse lado humano dos colaboradores, as empresas acabam esquecendo que no final das contas nossos interesses e características são os mesmos dentro do trabalho e fora dele.


Quando se entende o fator de humanidade dentro das empresas, está sendo levado em conta o bem-estar físico e psicológico dos colaboradores. Esse bem-estar pode vir de benefícios oferecidos e infraestrutura do local de trabalho, mas também do sentimento de poder ser quem se é dentro da empresa.



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Um estudo com empresas latino-americanas realizado pela consultoria global McKinsey & Company mostra que empresas percebidas como comprometidas com a diversidade, apresentam até 11% a mais de chances de seus colaboradores relatarem que “podem ser quem são” dentro do trabalho. Muito tem se discutido sobre diversidade e inclusão no ambiente organizacional e por consequência em muitos casos essas duas palavras são confundidas ou até mesmo usadas como sinônimos.

Quando falamos em diversidade estamos falando sobre a pluralidade de ser e existir das pessoas, entendida a partir de diferentes aspectos da identidade de cada um. Esses aspectos são entendidos através: do gênero, da raça, da etnia, da orientação sexual, da geração, entre outros. Já quando falamos de inclusão entramos no âmbito da garantia de que toda e cada pessoa consiga ocupar o ambiente de forma inteira, sem medo ou repreensão de quem se é. Essa garantia vem por meio de práticas e ações que confirmem o pertencimento de todos dentro da organização.

Após se ter a compreensão do que significa a diversidade e inclusão, deve-se pensar o porquê tratar sobre esse assunto dentro do ambiente de trabalho. Um dos fatores mais evidentes é a lucratividade que a diversidade pode trazer para a empresa, mas os benefícios vão além desses números e percentuais.

Uma consequência de falar sobre diversidade e inclusão é a retenção e atração de novos talentos para a empresa, além disso ganham novas visões de mundo e proporcionam uma melhor qualidade de vida para os seus colaboradores de acordo com a Consultoria Santo Caos — que trabalha com engajamento dentro de organizações.

Quando falamos em lucratividade e geração de valor alguns dados mostram a relação entre algumas temáticas de diversidade e esses indicadores. Uma das constatações levantadas pela consultoria McKinsey & Company é a ligação entre a existência de mais mulheres em cargos de liderança e a performance financeira superior. Foi constatado que empresas que possuem mais mulheres executivas demonstram um desempenho financeiro melhor do que as empresas que possuíam menos mulheres nestes cargos.

Ao considerar a diversidade étnica e cultural se constatou que as empresas que possuem maior diversidade étnica em suas equipes executivas apresentam a probabilidade de superar seus pares em 33% ao falarmos de lucratividade.

Um relatório sobre a diversidade e inclusão nas organizações brasileiras produzido pela ABERJE (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) mostra que os temas com mais avanços dentro das empresas brasileiras são os de identidade de gênero e pessoas com deficiência. Por outro lado a questão de cor/etnia é um dos temas que mais precisa ser melhorado de acordo com 61% dos participantes da pesquisa da ABERJE.​​​​​​​



Para além da lucratividade tratar de diversidade no ambiente das empresas também significa maior inovação e criatividade. Colaboradores de empresas que se comprometem com as temáticas de diversidade tem 152% a mais de chance de propor novas ideias. Apresentam 62% a mais de chance de serem incentivados a colaborar com outras equipes. O quesito aprimoramento é outra marca apresentada por essas empresas, onde os funcionários tem 72% mais chance de dizer que a organização aprimora constantemente sua forma de fazer as coisas.

Os benefícios também aparecem nas lideranças e na forma de liderar. Em empresas onde a cultura de diversidade é fomentada, existe 80% mais chance dos colaboradores relatarem que seus líderes promovem a confiança e o diálogo aberto. E a percepção de que os líderes moldam os valores da empresa é percebido por 54% dos liderados entrevistados.

Quando evidenciamos esses dados e pesquisas é possível notar uma relação muito concisa entre lucratividade, inovação e a diversidade e inclusão. Além destes aspectos, são programas e ações com essas temáticas que tem a capacidade de tornar estes ambientes e espaços mais confortáveis para as minorias (de poder). Tratar sobre a temática dentro das empresas é alertar sobre preconceitos, abrir círculos de confiança, trazer ferramentas que ajudem a identificar situações de perigo e abrir novos caminhos para populações minorizadas.


Relatórios da McKinsey & Company: 2017, 2020.

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