Como a Comunicação Pode Promover uma Cultura Organizacional Inclusiva
- Muda Disso
- 11 de nov. de 2024
- 4 min de leitura
Relatórios sobre diversidade e inclusão mostram que o tema segue progredindo nas empresas. Muitas já contam com áreas dedicadas, orçamento e programas estruturados, mas o maior desafio continua sendo engajar colaboradores e promover um letramento profundo nos pilares de diversidade.
Transformar a cultura organizacional é um processo que exige planejamento, estratégia e, principalmente, tempo. Mudanças culturais não acontecem da noite para o dia; é preciso entender que essas mudanças são tanto estruturais (processos internos, políticas, etc.) quanto comportamentais, o que confronta muitas crenças e exige uma ampliação da compreensão de todos sobre esses novos comportamentos. Por isso, a importância de equilibrar urgência com empatia.
Nisso o papel da liderança é central para influenciar comportamentos e consolidar esse novo movimento. Mas como potencializar o desenvolvimento de uma cultura organizacional inclusiva, sem sobrecarregar as lideranças?
A comunicação pode ser uma aliada poderosa para essa jornada de mudança cultural. E, na Muda Disso, temos aprendido como tornar a comunicação um pilar estratégico na construção de uma cultura inclusiva, que vá além de informar — que comunique verdadeiramente.
Você informa ou comunica?
Antes de explorar as estratégias, precisamos diferenciar o ato de informar do de comunicar. Muitas vezes, a comunicação interna foca em dados ou instruções, esperando que esses conteúdos fiquem na mente dos colaboradores. Contudo, acreditamos que blocos de informação, por si só, dificilmente promovem uma nova forma de agir.
Para construir uma cultura organizacional inclusiva, queremos ampliar a consciência (letramento e reflexão) e oferecer ferramentas que estimulem novos comportamentos (experiência e prática). Por isso, nossa comunicação é experiencial e educativa, baseada em autorreflexão (olhar para dentro), empatia (olhar para fora) e ação (responsabilidade). Esse tipo de comunicação é um chamado constante e profundo para a construção colaborativa de conhecimento.
03 pontos importantes para potencializar uma cultura organizacional inclusiva com comunicação estratégica!
Abordagem conectada a cultura
A abordagem deve estar alinhada à curva de maturidade da empresa. Em outras palavras, a comunicação precisa refletir o estágio em que a organização realmente está tanto em conhecimento sobre a temática, quando no clima organizacional e suas ações que estão sendo colocadas práticas, como: políticas, benefícios, mudanças em processos para eliminar vieses, ações afirmativas, etc. Isso não significa deixar de lado novos projetos ou ideias futuras, mas comunicar aquilo que possui base concreta e planejamento claro.
A abordagem deve traduzir a estratégia de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) da empresa. Por exemplo, em uma semana dedicada às pautas raciais, é importante considerar o que a área de diversidade e os comitês já conhecem e quais metas foram estabelecidas. Esse alinhamento permite que a comunicação reflita de forma honesta o que a empresa entende e faz em relação a cada tema.
Público organizacional
Aqui está o texto revisado com pequenos ajustes para melhorar a clareza e fluidez:
Compreender o público vai além de segmentá-lo por cargo ou função. É entender quais papéis cada grupo desempenha na construção de uma nova cultura e como cada um pode contribuir para isso.
Ou seja, além do papel das lideranças, comitês e grupos de afinidade, precisamos identificar as responsabilidades e os comportamentos esperados das pessoas brancas nas pautas raciais, das pessoas heterossexuais em relação à população LGBTQIA+, dos homens na promoção da equidade de gênero, e das pessoas sem deficiência nas questões de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência.
Também é fundamental saber como dialogar com os grupos que fazem parte de algum recorte de diversidade, definir qual mensagem queremos transmitir e, principalmente, mostrar que barreiras estão sendo quebradas para construir uma cultura organizacional mais inclusiva e acolhedora.
Esse aprofundamento permite ajustar a linguagem, os formatos e o nível de maturidade do conteúdo para cada grupo, tornando a comunicação inclusiva mais assertiva e capaz de se conectar com as realidades de cada setor.
Experiência de inclusão
O foco está está na experiência. Conteúdos ricos são fundamentais, mas o impacto se dá pela forma como esses conteúdos são apresentados. Narrativas envolventes e formatos que incentivam a interação ajudam a “desacomodar” as pessoas, promovendo reflexões que vão além do momento de leitura ou participação.
Na Muda Disso, buscamos criar experiências que contem pedaços da história ao longo das comunicações. Cada ação é uma oportunidade de fortalecer a conexão emocional com os valores de DEI e de incentivar as pessoas a levarem esses valores para sua rotina.
Veja como colocamos na prática
Conheça nossos cases de comunicação para o pertencimento e descubra como trabalhamos com nossos parceiros para criar ambientes de trabalho mais inclusivos e participativos.
Transformar a comunicação em uma aliada da promoção da diversidade e inclusão exige mais do que boas intenções — exige consistência, estratégia e uma compreensão profunda de como cada mensagem pode impactar a cultura organizacional. É um processo contínuo, que se fortalece em cada ação, em cada narrativa e em cada espaço de troca criado.
Na Muda Disso, temos experimentado, aprendido e evoluído nesse caminho ao lado de várias organizações, adaptando nossas estratégias para diferentes contextos e necessidades. Quer ver como colocamos tudo isso em prática? Conheça nossos cases de cultura organizacional inclusiva e descubra como trabalhamos com nossos parceiros para criar ambientes de trabalho mais inclusivos e participativos.
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